domingo, 26 de junho de 2011

Princípios para resolução de conflitos e cura da maledicência


Princípios para resolução de conflitos e cura da maledicência baseados em Mateus 18.15-17.
Buscar reconciliação:
1) o mais rápido possível
2) com o menor número de pessoas possível
3) na menor instância possível

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Perseguidos por causa da Justiça

Por Carlos Seino
http://blogdoseino.blogspot.com/

Evangelho segundo S. Mateus, Cap. 5, vers. 10-12

Lectio:

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.


Meditatio:


Quando vivemos os valores expressos nas bem aventuranças, há uma grande possibilidade de sofremos perseguições por causa da justiça.

Quando não sofremos perseguições por causa da justiça, existe uma grande possibilidade de ser pelo fato de não vivermos os valores expressos nas bem aventuranças.

Há, na verdade, uma boa possibilidade de vivermos uma domesticação da fé, ou servirmos a um ídolo que criamos, um "deus domesticado".

Um deus bom para feriados nacionais, batismos, casamentos e outras festinhas. Um deus "fada madrinha" que nos ajuda a sermos mais vencedores dentro do sistema; sistema esse que escraviza, mutila, mata, enlouquece, que impede de se ir para o deserto adorar, que empobrece. É neste sistema que temos orgulho de sermos "mais que vencedores"?

O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó sai dos desertos mais obscuros, e pelo seu servo, joga em rosto a injustiça do governador romano, pela boca de um João Batista. O Deus dos patriarcas sai dos recondidos de Nazaré, um lugar de ninguém, que nem no mapa tem, e, nas palavras de Jesus, joga em rosto das autoridades sacerdotais sua injustiça, pois saqueiam as viúvas, negociam vidas com o explorador, para não perderem seu posto de dominação.

Este é o Deus da Bíblia. Cheira a ovelha, cheira a cabrito, cheira a areia, cheira a madeira. O Deus todo poderoso, incontido pelos dogmas das igrejas, incontido pela domesticação de padres, pastores, rabinos e sacerdotes. Deus que ainda diz que prostitutas e publicanos precederão os religiosos no reino dos céus. Deus que ofende o pecador no seu pecado, o injusto em sua injustiça; um Deus que não deixa ninguém sossegado, porque ama, porque acredita, porque insiste em ter esperança em gente como a gente. 

Quem de nós já foi bem aventurado a ponto de ser comparado a um dos profetas de Deus?

Se você teve este privilégio, a loucura do evangelho de convida a dar "pulos de alegria" (Jonh Stott), pois finalmente aprendestes a viver como Cristo viveu, andar como Cristo andou, falar como Cristo falou.

O restante de nós, que ainda não aprendeu, continuará a viver um pseudo-cristianismo, na esperança de um dia realmente se converter ao Deus de Abraão, Isaque, Jacó, Jeremias, Isaías, João Batista, Jesus, Estevão, Paulo, Pedro Justino, Crisóstomo, Wesley, Bonhoeffer, Luther King, e tantos outros, que deixaram seu rastro de sangue escrito na história dos profetas de Deus.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vida Simples

Por Carlos Seino
http://blogdoseino.blogspot.com/

É vergonhoso a um cristão buscar desenfreadamente o acúmulo de bens materiais.

Isso porque, se quiser viver conforme o seu Senhor viveu, deverá buscar uma simplicidade em sua vida, para que ela porventura não fique carregada de obstáculos à realização do bem.

Há uma corja de pseudo-líderes que têm comportamento pernicioso na sociedade.

Tiram muitos recursos materiais dela, em forma de dizimo, ofertas e outras modos de contribuição, e pouco devolvem à comunidade, em forma de ação social e missões.


Vivem como reis no mundo, acumulando casas, mansões, dinheiro no exterior, cargos públicos, despotismo eclesiástico e político, e o bem que parecem fazer ao evangelhos é somente aparente, ou muito menos do que poderiam e deveriam fazer. Para estes certamente estará reservado o negrume das trevas.


Gozam do poder institucional, seja eclesiástico, seja político em suas mãos, aterrorizando seus subordinados que dedicaram toda sua vida à denominação do qual pertencem.

E o seu povo, cada vez mais explorado e humilhado, muito distante estão de expressar aquela alegria comunitária proposta pelo evangelho.

Fontes sem água, gente que fez mercado do povo, cujo ministério gira ao redor de suas pérfidas carreiras.

O verdadeiro cristão não é assim.

Ainda que movimente muito dinheiro, viverá a vida simples que seu contexto permite, ainda que possa usufruir de algum conforto.

Dizem que John Wesley foi um dos homens que mais movimentou dinheiro em seu tempo, pela venda de livros e pelas doações ás sociedades metodistas. Entretanto, quando morreu, deixou somente um casaco, uma cadeira e um Bíblia. O  restante, doou tudo.

Depois que o metodismo surgiu na Inglaterra, nenhum inglês deixou de ouvir a pregação do evangelho, e nenhum necessitado deixou de receber algum tipo de ajuda social. Os irmãos Wesley, sem o saber, praticaram a "missão integral".

Seu exemplo deveria nos inspirar.

O cristão trabalha com as mãos fazendo aquilo que é bom, para ajudar quem tem necessidade. Deixar de ter algo demasiadamente caro para poder ajudar mais alguém.

Não descansa, pois quer ver a causa do evangelho triunfar, não se sente plenamente feliz diante de tanta miséria no mundo; envergonha-se de ambicionar coisas demasiadamente altivas, haja vista tantos miseráveis.

Pode até acumular para as necessidades cotidianas de moradia, estudo ou seus próprios negócios (nada errado com isso), mas mantém vigia sobre si mesmo para não pecar contra seu Senhor, e sabe que por Ele também será julgado.

Assim fizeram muitos dos que participaram de Lausanne. Um pacto de simplicidade, para assim participarem mais ativamente da missão de levar o evangelho todo para todos os homens. John Stott, Renê Padilha, Ariovaldo Ramos, entre tantos outros que têm dedicado suas vidas ao evangelho. Infelizmente, digo-o com lágrimas e dor, boa parte da liderança evangélica entende que a salvação humana consiste somente na salvação da alma (se é que estas estão sendo salvas mesmo), e pouco se dedica à causa dos miseráveis e necessitados deste mundo.  Dor, dor e dor. Somente dor é possível sentir diante desse quadro. Pois se forma um exército de "embiguzados", somente preocupados com suas próprias vidas, desde que paguem devidamente seus impostos religiosos...